sobre assumir responsabilidades

Teobaldo, minha maior responsabilidade hoje

Ah, a vida adulta… quando dei por conta que teria de decidir sobre uma profissão, nada parecia tão óbvio quanto cursar design.

Na época um professor da escola me colocou em contato com o coordenador do curso na universidade, marquei de ir visitar o departamento e tirar algumas dúvidas, antes da minha inscrição para o vestibular.

Pra mim a universidade de design seria para formalizar o já era parte de mim, já me enxergava produzindo desenhos animados como os que vejo até hoje (fun fact: adoro desenhos animados).

A visita foi ótima, adorei o espaço e as pessoas, o coordenador me recebeu super bem, me colocou pra assistir uma aula de design e meio ambiente e no final me explicou que a graduação em design tinha (em 2004) duas frentes: design de moda e industrial em geral.

Me frustrou saber que não conseguiria chegar onde estava projetando, que não teria a universidade como ponte para o que queria fazer para o resto da vida. Hoje percebo que tive uma visão bem limitada sobre as possibilidades que esse curso poderia ne abrir.

A partir dali entrei em um loop de ideias que giravam em torno de “- o que eu vou fazer? no que mais eu sou bom? onde eu me vejo daqui 5 ou 10 anos?”. Na escola eu era melhor nas disciplinas de exatas, mas adorava história, filosofia e literatura… mas para minha mãe a escolha era óbvia, engenharia (qualquer uma, sendo engenharia ela estaria satisfeita).

Não me via engenheiro, nem tinha ideia o que um engenheiro de fato fazia. Sabia que não era meu sonho, até fiz um vestibular para engenharia mecatrônica na estadual, mas levei ponto de corte em Quimica 🙊

Depois de analisar minha vida em uma semana, decidi pelo bacharelado em matemática… motivo? Não consigo ter uma bonito, era o que mais gostava na escola e, segundo meu irmão, poderia no futuro migrar da matemática para a computação… isso nunca aconteceu, não da forma que imaginei.

Quando passei em matemática descobri que poderia dar aula em escolas, mesmo antes de me formar. Foi uma excelente descoberta para que eu pudesse ter meu dinheiro sem precisar passar pelo ciclo padrão de outros cursos, sendo estagiário, por exemplo.

Durante 7 anos eu estive em algumas dezenas de salas de aula, dei aula para quase 1.000 pessoas em 6 escolas… isso tudo até os 25 anos.

Nessa história, assumir responsabilidades era [muito] mais que um discurso de mãe protetora. Eu descobri cedo o poder e o impacto de direcionar o aprendizado das pessoas… imagina ensinar algo errado que prejudique o futuro de alguém?

Entender e assumir as responsabilidades é a maior (e melhor) prova de maturidade. Precisei aprender rápido e hoje posso dizer que isso fez toda a diferença na minha jornada como professor e nas mudanças (drasticas) de carreira que decidi nos últimos anos.

Assuma suas responsabilidades... ou como dizem, assuma seus "BO".