Escrever é “talhar” o que está na cabeça

produção artesanal na FENEARTE de 2019

Lembro que até meus 16 ou 17 anos eu era um adolescente mais “na minha”, falava pouco e observava muito.

Eu não era muito de escrever o que sentia, mas de desenhar o que via ou o que imaginava… meus desenhos eram minhas palavras e até minha voz.

Se fechar os olhos agora ainda consigo ver minha pasta de envelopes plásticos com meus desenhos cuidadosamente organizados… eram como pequenos poemas, a criação do meu imaginário.

Quando comecei a dar aulas de matemática precisei descobrir uma “nova” habilidade, falar e ser entendido pela palavras que escolhia na explicação de funções ou cálculos geométricos.

Ao mesmo tempo que, para organizar minha vida profissional e universitária (que aconteciam em paralelo) precisei aprender que escrever é muito mais que sequenciar palavras no papel.

A partir daí a escrita se tornou uma aliada e uma companheira de todas as horas. Eu, minhas canetas e cadernos (ou folhas de papel A4) estávamos sempre próximos para organizar minhas criações acadêmicas.

Escrever em uma folha em branco parecia desenhar, eu poderia criar fluxos, desenhos, conexões… tudo que pudesse traduzir e dar forma ao que estava bagunçado na cabeça.

E depois de 17 anos escrevendo (ou digitando) todos os dias, resolvi iniciar um desafio pessoal baseado na escrita… esse blog que, pra mim (e pra você), só tem uma regra: escrever algo todos os dias.

Não que o objetivo seja dar aquela cara de diário com confissões amorosas para esse blog, quero me desafiar a ter algo para te contar todos os dias… do trabalho que dá ter um cachorro filhote até o andamento dos meus projetos com startups.

Quero que esse blog seja meu novo “caderno de desenhos”, refletindo um pouco do que sou.

Se gostou dessa ideia, volta aqui amanhã que terá algo novo escrito por mim para você :)

Se cuida,

Luiz.